Um Coração como o de Jesus

Aprenda a ter um coração como o de Jesus

Rádio Vale Gospel

Acesse Já!. Melhor Rádio Gospel do Brasil. Peça sua musica preferida e seu pedido será atendido.Além disso as melhores noticias do mundo Gospel.Anuncie seu produto

O Homem sem Deus

Profetas de Deus ou de Mamom?

Bem Aventurados os Puros de Coração

ACM NETO PREVE ALIANÇA COM PMDB

CRÍTICAS DE GEDDEL A ACM NÃO ABALAM ALIANÇA DEM-PMDB

29 de nov. de 2009

O Estado X Violência


Depois de analisar todo cenário de caos que se estabelece na cidade de salvador, como policial militar não poderia me furtar em tecer algumas considerações. Estou cansado de ler teóricos inferirem sobre segurança pública e cientifizar o óbvio.


Será que não dá para perceber que toda essa problemática esta fundamentada em um contexto histórico e não anacrônico como dizem! E que tudo isso é fruto de uma exploração desenfreada do rico em relação ao pobre, será que é preciso ser formado em haward para dizer simplesmente isso.

Desde Brasil colônia que nossa história toma um rumo de desastres em todos os aspectos e que essa situação se perpetua se reproduz durante séculos até os dias de hoje.

Com enfraquecimento do estado desde Breton Wood, com o fim do bem estar social ao tempo que o estado keynesiano perde força e o mercado começa a imperar, nessa geração em que o poder econômico rege a vida das pessoas- com já dizia Eric Hobnsbawn: “’nessa política e economia de incertezas”- de saber que globalização não é nem um “deus” como pintam e que se resumem tão somente nos interesses das grandes organizações em explorar cada vez mais suas velhas colônias e que tudo isso produz essa alarmante violência. Será que para saber disso precisa ir para Sorbonne consultar intelectuais??

Infelizmente a teoria neo-malthusiana se estabelece no que os teóricos chamam de criminalização da pobreza, ou seja, os pobres, excluídos, os marginalizados sempre serão responsabilizados por anos de exploração e descaso engendrados pelo estado burguês elitizado. Além do mais, nesse contexto surge a promoção pelo poder midiático da difusão da filosofia do medo e espetacularização da miséria provocando um verdadeiro estado de terror.

Os programas sensacionalistas exploram a miséria se dizendo porta vozes do povo, esse tipo de imprensa sempre estão nos guetos, nas favelas, usufruindo também do lucro que a violência engendra. Mas o que eles não conseguem perceber é que a miséria é onipresente e onipenetrante, atinge a todos.

O Estado enfraquecido não tem mais forças de dar segurança à população empobrecida, abrindo assim à cancela para a segurança privada que acompanhada da das inovações modernas tende a ocupar o espaço dessa super-estrutura que anuncia uma nova vertente, um novo mercado: “segurança privada”. Esse novo produto é muito caro e promissor. Porque nessa época de crises cíclicas do capitalismo como já previa “Marx”, quem paga todas as conseqüências dessas crises são os mais fracos, ou seja, o povo.É José (Drummond) a segurança tornou-se de um valor inestimável e a violência é um elemento multiplicador e movimentador desse capital circulante que se busca incessantemente, mesmo que isso custe vidas.

Podemos ver condomínios parecidos como verdadeiras fortalezas cheias de seguranças, com muros eletrizados, aparelhos de controle e vigilância de última geração, milhares de câmeras formando um, [hiper-mega-big-brodher], uma verdadeira estrutura militar de dar inveja a qualquer quartel. Fortalezas essas que separam as pessoas ricas dos pobres e dos bandidos, se configurando em uma apartheid social, parafraseando Hobnsbawn:“uma verdadeira exaltação a privatização da vida, uma vida a parte, um permanente estado de sítio”

O Estado antes regulador, hoje se configura tão somente como uma agente da “Mao invisível”: o mercado. O Estado de hoje vem mais promover o bem dos ricos e a miséria dos pobres. infelizmente diante do que os teóricos chamam de sociedade de consumo posso me despedir de Marx, adeus Keynes , adeus Eric Hobsbawn ,e louvar John Locke, Hayek, Elizabete...

Nenhum outro governo que vier poderá melhorar o social e refrear a violência. Isso é uma questão macroeconômica. Porém, enquanto o estado insistir em cumprir as ordens do grande capital viverá sempre esse dilema.

Só pelas lutas de classes que pode se adquirir direitos para os desfavorecidos. Anos de exploração, descaso, vitupério, desigualdade e exclusão não se resolvem com uma simples transferência de marginais para outro estado, como fazem os estados do brasil. isso é um simples paliativo para segurar essa bola de neve.

Enquanto educação, saúde, bem estar social estiverem falidos, assim a segurança pública estará em baixa e segurança privada em alta o que é uma grande ameaça a vida democrática.

Para finalizar fico com as palavras do memorável Milton Santos:

“o governo não cuida dos verdadeiros problemas da população e diante dos conflitos sociais mobiliza um formidável aparelho de informação(mídia), para dizer que a solução é mais polícia e não melhor política. a nação pode apodrecer, mas a discução sempre dos governantes é a segurança pública, não é civilização”

O que Milton afirma no texto supracitado é que enquanto o debate não voltar a ser centrado no modelo de civilização, a discussão sempre será pobre, insuficiente e enganosa. Nesse sentido é que o estado para se justificar a não investir em áreas sociais que oneram muito mais que a segurança, ele sangra seus cofres como se vê em pesquisa feita pelo economista Sílvio carvalho, em matéria do jornal atarde que diz que o estado gasta por ano R$ 5,3 bilhões em segurança pública e privada, ou seja, 4,5% do PIB do estado. É pelo que se nota é que não há interesse do governo reduzir esses custos. Por quê? Sutilmente já respondi nas linhas acima!

A população fica entorpecida por esses discursos demagogos e acredita que a solução recai somente nos ombros da policia (segurança publica).

Infelizmente somos forçados aceitar os narcotraficantes passeando por nossas praças e avenidas, destruindo os nossos jovens, mandando em nosso povo, estabelecendo suas leis em favor da lob da segurança privada e do lucro. e ai eu me pergunto quanto vale nossa vida?

Alex Gondim Lima: policial militar \ pesquisador e estudante de economia da UFBA