Não há cristão, nem outro homem religioso, que não afirme amar a Deus do modo como vem expresso nas divinas palavras do Mestre Jesus.
Entretanto, vai nisso, quase sempre, uma grande ilusão.Por quê?
Porque é absolutamente impossível amar, real e intensamente, um Ser do qual não se tenha experiência real, direta e imediata. A imensa maioria dos homens religiosos apenas crê em Deus. O objeto de nossa fé nunca pode ser objeto de um verdadeiro amor.Ninguém pode amar uma doutrina um dogma, um artigo de fé.
O crente quando muito quer amar , mas não ama de fato.Querer amar é um ato volitivo, uma prova de boa vontade , mas não é amar. O amor, assim como Jesus descreve nas palavras acima, não é apenas um ato de boa vontade , mas é o resultado de uma profunda, misteriosa e fascinante experiência vital do homem em toda sua plenitude. Niguém pode amar um ser ausente, do qual ouviu falar e no qual crê apenas superficialmente. O Deus de nossa crença é um Deus longinquo, transcedente - ao passo que o Deus de nosso amor é um Deus propínquo, presente, imanente.Quem apenas crê num Deus distante, pode sim, querer amá-lo,mas não pode amar de fato. O amor real é algo intensamente próximo, íntimo, ardente, é uma verdadeira fusão do amante e do amado, "Eu e o Pai somos um." (João 10 : 30).
Em suma, há só uma classe de homens que , de fato, amam a Deus, são os verdadeiros adoradores, os que têm de Deus uma experiência vital, são os que sabe o que é Deus em virtude de um contato direto, de uma vivência onipenetrante. São estes que amam a Deus de todo coração, de toda alma, de toda mente e com todas as forças de seu corpo.
Infelizmente são raros os verdadeiros adoradores, bem poucos são os homens que verdadeiramente amam a Deus de acordo com as palavras de Jesus. Talvez, um só homem atingiu o epicentro e a plenitude desse amor integral.E era por essa razão por que possuia "todo poder no céu e na Terra", porquanto o verdadeiro amor é onipotente por sua prórpia natureza.
Enquanto o amar a Deus é apenas um dever ético, um imperativo categorico da consciência moral, não despertou ainda o âmago do amor; só quando esse"amar a Deus" deixa de ser um compulsório dever e se transforma num espontâneo querer, numa plena e iluminada compreensão , num irresistível entusiasmo- então é que o homem entra no gozo e na alegria de seu SENHOR!.
QUEM TUDO COMPREENDE TUDO AMA
QUEM TUDO AMA TUDO PODE.
Alex Gondim Lima- Economista.
Membro da Igreja Assembleia de Deus (Minist.Rio de Janeiro)